Tuesday, December 31, 2013

Processo de boot - visão geral.

Processo de boot - visão geral.

Quando seu computador pessoal PC está desligado, ele é simplesmente um conjunto de partes de metal, plástico e minúsculas
partículas de silício. Ao acionar o botão Ligar (On), uma pequena faísca de eletricidade — de apenas cinco volts — dá
início a uma série de acontecimentos que, de forma interessante, dão vida ao que parecia simplesmente um sofisticado peso de
papéis.
Mesmo com esse sopro de vida, o PC ainda se mostra um tanto estúpido à primeira vista. Ele parece ter consciência disso,
quando verifica quais partes estão instaladas e funcionando, tal como aquele paciente que volta de um estado de coma e
examina seu corpo para ver se está tudo certo com as pernas e braços. Entretanto, após este processo de auto-verificação,
o recém-despertado PC ainda não consegue produzir nada de útil, nem mesmo algo que poderíamos considerar um laivo de
inteligência.

No melhor dos casos, ele pode buscar essa inteligência — inteligência que vem na forma do sistema operacional, que
estrutura a existência primitiva e estática do PC. Em seguida, vem o aprendizado na forma de aplicativos — programas que
dizem ao computador como desempenhar suas tarefas de forma mais rápida e precisa, tornando-se um aluno capaz de superar o
professor.
Mas nem todos os computadores precisam passar por esse complicado processo cada vez que são ligados. Hoje em dia, encontramos
computadores que despertam e já estão prontos para o uso logo que acionamos o botão de ligar. Não pensamos neles como
computadores, já que receberam o nome de calculadora, ignição eletrônica do carro, timer de microondas e programador do
videocassete. A diferença entre eles e a caixa que você tem sobre a mesa está na complexidade dos circuitos elétricos. Os
computadores são projetados para desempenhar uma única tarefa — e são muito eficientes nela — estão equipados para isso.
Mas também significa que estão mais para sábios idiotas que para sábios verdadeiros.

O que torna seu PC uma máquina tão miraculosa, a cada vez que é ligada, é uma tabula rasa capaz de executar qualquer coisa
que sua criatividade — ou, geralmente, a criatividade dos programadores — conseguir imaginar. Ele pode ser uma calculadora,
a tela de um artista, uma máquina de escrever cheia de truques, um contador infalível e um servidor de várias ferramentas.
Para transformá-lo, basta definir alguns dos ajustes microscópicos encravados no coração dos microchips, uma tarefa
realizada através da digitação de um comando na mensagem (prompt) do DOS ou mesmo pressionando-se o botão do mouse sobre
um minúsculo ícone na tela.
Esse tipo de inteligência é frágil e tem vida curta. Os milhões de chaves com ajustes microscópicos estão constantemente
aparecendo e desaparecendo sob as oscilações da eletricidade. E isso pode acarretar uma instrução errada ou a leitura
incorreta de um simples ajuste, que levará toda essa fantástica inteligência ao estado de caos. Ou, então, basta desligar
a máquina para que a pulsante vida artificial desapareça sem o menor suspiro. Assim, toda vez que você ligar seu computador,
este processo complexo será reativado.


Fonte: Evolução dos Computadores

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